A Relíquia

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SINOPSE

Com o canudo de bacharel fresco na mão, Teodorico apressa-se de Coimbra para Lisboa com uma só missão: viver uma «existência de sobrinho da sr.ª D. Patrocínio das Neves» e assegurar a sua herança avultada. Numa casa profundamente católica, Teodorico é exímio a encenar uma devoção e religiosidade extremas. Para que não restem dúvidas, aceita viajar até à Terra Santa, de onde promete trazer uma relíquia milagrosa que dará amparo e curará todos os males da titi. Mas, pelo caminho, conhece a inglesa Mary e ela oferece-lhe a sua camisa de dormir. História publicada inicialmente na Gazeta de Notícias, em folhetins, A Relíquia apareceria em volume em 1887, abalando o panorama da literatura portuguesa com mais uma acérrima crítica de costumes, denunciando a falsidade de certa burguesia religiosa e os seus moralismos inúteis.
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COMENTÁRIOS DOS LEITORES

Uma relíquia interessante
João Carlos Pereira | 2020-01-09
Mais uma obra excepcional do grande Eça. Uma leitura sempre actual.
A Relíquia, um livro que podia ter sido escrito hoje.
Inês Dias de Carvalho | 2019-04-15
Um dos poucos livros que me faz rir e que apesar de escrito há mais de 100 anos continua atual. A história do Raposão que tenta cumprir a missão que a sua titi acha moralmente aceitável, com inevitáveis desvios e paixões que tomam conta da narrativa, num final algo inesperado e humilde. A obra mais crítica dos costumes e moral portugueses que Eça de Queirós escreveu, no seu estilo inconfundível, dos melhores que podemos ter na nossa língua!

DETALHES DO PRODUTO

A Relíquia
ISBN: 978-972-38-3087-3
Edição/reimpressão: 07-2020
Editor: Livros do Brasil
Código: 77035
Idioma: Português
Dimensões: 140 x 210 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 304
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática: Livros > Livros em Português > Literatura > Romance
Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Terminado o curso, fundou o jornal , em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística. Em 1871, proferiu a conferência «O Realismo como nova expressão da Arte», integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola. No mesmo ano iniciou, com Ramalho Ortigão, a publicação de As Farpas, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa.
Em 1872 iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa e de onde se destacam O Primo Bazilio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.
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