Um dos maiores êxitos de Romain Gary, com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, traduções em mais de vinte línguas e várias adaptações para cinema, televisão e teatro, volta a estar disponível no mercado português, esgotada que estava a edição publicada pela Sextante Editora em 2011. Uma Vida à Sua Frente é o segundo título deste autor na coleção Dois Mundos da Livros do Brasil, depois de A Promessa (2019).
O livro estará disponível nas livrarias a 17 de setembro.
Sobre o livro
Esta comovente história de amor é narrada por Momo, menino árabe que aos três anos é entregue aos cuidados de Madame Rosa, prostituta reformada e sobrevivente de Auschwitz. Por ela, Momo sobe e desce quando necessário os seis andares que a saúde de Rosa não lhe permite transpor. Por ela, guardará segredo do seu «buraco judeu» e não a deixará sozinha no momento em que o abandono total se quer impor. Através dos olhos de Momo, acedemos a uma franja invisível da vida parisiense, descrita com ironia, humor, ingenuidade e perspicácia, propondo uma reflexão poderosa sobre o preconceito, a solidão e o encantamento do medo.
O autor
Romain Gary nasceu em 1914 em Vilnius, na Lituânia (então Polónia). Judeu de origem russa, emigrou com a sua mãe para Nice em 1928. Em 1940, junta-se ao general de Gaulle e às forças livres francesas em Londres e combate como navegador da esquadrilha «Lorraine» até ao final da guerra. Ferido, recebe a condecoração suprema dos combatentes franceses, «Compagnon de la Libération», e foi um dos poucos sobreviventes dos duzentos homens da esquadrilha. O êxito dos seus primeiros romances, Educação Europeia e As Raízes do Céu (Prémio Goncourt 1956) tornaram-no imediatamente um escritor famoso em todo o mundo. Ocupou vários postos diplomáticos na Europa e nos EUA. Em 1975, escrevendo sob o pseudónimo Émile Ajar, ganhou de novo o Prémio Goncourt (caso «impossível» na história do prémio) com Uma Vida à Sua Frente. Gary suicidou-se em 1980, pouco mais de um ano depois do suicídio da sua ex-mulher Jean Seberg. Deixou escrito um pequeno opúsculo intitulado Vida e Morte de Émile Ajar, texto extraordinário onde revelou a «mistificação» Ajar.