Sexus é a obra de referência da literatura norte-americana que a Livros do Brasil lança a 8 de fevereiro e com a qual inicia a publicação da trilogia Rosa-Crucificação, do escritor Henry Miller. Publicada pela primeira vez em 1949, em França, esta autobiografia ficcionada apresenta-nos uma história de risco, de provocação, uma prosa vibrante, plena de carne e espírito, um relato de aventuras sexuais e literárias que se estenderão de Brooklyn até à boémia Paris dos anos de 1930. Durante anos, este livro de culto circulou clandestinamente por grande parte do mundo, onde foi proibido por imoralidade.
Nas palavras de João Palma-Ferreira, prefaciador da edição portuguesa, estamos perante «uma obra prima de todas as épocas». Um texto magistral de um autor que é um agitador de consciências, «um indisciplinador desejoso de que o homem se descubra finalmente, sem reticências e sem pactuações com o indiferentismo meramente formal».
O AUTOR
Henry Miller nasceu em Brooklyn, nos Estados Unidos da América, a 26 de dezembro de 1891. Em 1930, respondendo a um espírito aventureiro e ao desejo de se dedicar à escrita, partiu para a Europa e fixou-se em Paris. Foi aí que, em 1934, publicou o seu primeiro romance autobiográfico, Trópico de Caranguejo, a que se seguiu, em 1939, Trópico de Capricórnio, ambos banidos durante quase três décadas nos Estados Unidos. Em 1942, pouco após se instalar definitivamente na Califórnia, iniciou a redação da trilogia Rosa-Crucificação, Sexus, Plexus, Nexus, considerada uma das suas obras maiores, onde conjuga reflexão metafísica com um erotismo explícito. Miller foi um dos mais marcantes autores americanos do século xx, cuja insubmissão, quer na vida, quer na literatura, viria a influenciar fortemente a chamada beat generation. Faleceu em casa a 7 de junho de 1980.